Onda de ataques deixa saldo de 7 mortos e 10 feridos, segundo polícia.
Governador diz que atentados é uma retaliação às ações da polícia.
Governador diz que atentados é uma retaliação às ações da polícia.
Atentados aconteceram em diversos pontos de Porto Velho (Foto: TV Rondônia/Reprodução)
A Polícia Militar (PM) de Rondônia
confirmou que foram seis o número de pessoas mortas durante uma onda de
atentados em Porto Velho, ocorrido entre a noite de quinta-feira (19) e
a madrugada de sexta-feira (20). Dos mortos, quatro ainda foram
socorridos ao Pronto-Socorro João Paulo II e dois morreram nos locais
dos ataques, em bares na Zona Leste e outro na Zona Sul.Entre os mortos confirmados estão: Ronaldo de Lima Araújo, que morreu na Rua Vila Mariana, no Bairro São Francisco, Zona Leste da cidade; Alessandro Silva Melo, que foi atingido em um bar no Bairro Castanheiras, Zona Sul. Ainda morreram nos hospitais, Tailo Martinho Rodrigues, Elton de Freitas Santos, Cristiano de Brito e Alessandro da Costa.
Os atentados aconteceram quando homens, ainda não identificados pela polícia, atiraram indiscriminadamente conta pessoas em diversos pontos da cidade, entre eles um bar na Zona Leste, onde três pessoas ficaram feridas. Houve registro de disparos em outro bar, na Zona Sul da Cidade, e no Campo da Associação Futebolística do Bairro Areal (AFA), na região central. Durante a manhã desta sexta-feira, órgãos de segurança municipal e estadual discutiram as ações que devem ser tomadas.
O governador de Rondônia, Confúcio Moura falou em entrevista que os atentados foram retaliações a Operação Salve, deflagrada na quinta-feira (19), quando a polícia apreendeu armas, munições e até dinamites com quatro pessoas. O objetivo da operação é de desarticular uma suposta organização criminosa que teria envolvimento com ameaças a policiais e agentes penitenciários.
No Pronto-Socorro João Paulo II, famílias esperavam informações de parentes desaparecidos. Luciana Riscik, mãe de um jovem de 19 anos, estava desesperada em frente a unidade de saúde. O filho dela foi atingido por tiros enquanto estava em uma lanchonete. "Eu estava em casa meu filho chegou do serviço e logo depois saiu com o irmão dizendo que ia numa lanchonete. Por volta das 20h40 meu filho chegou em casa carregando o irmão dizendo que ele tinha sido baleado por um homem. Não sabia dizer quem foi, como foi, porque foi", explica Luciana.
Zenaide Tenório da Silva e Maria José Trindade da Costa estavam vivendo o mesmo drama. Um motoboy, que a gente não sabe quem é, chegou em frente da minha casa sacou a arma e atirou no meu filho", lamenta Zenaide.
"A sorte é que ele estava com o celular e ligou para o irmão dizendo que tinham atirado nele", conta Maria José.
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Já os funcionários do Pronto-Socorro João Paulo II afirmam que viveram
uma situação atípica. O diretor adjunto da unidade, Carlos Eduardo Rocha
Araújo, conta que recebeu uma ligação por volta das 21h de quinta-feira
do cirurgião plantonista avisando que até aquele momento sete pessoas
haviam chegado ao hospital baleadas e com certeza, algo estranho
acontecia na cidade. "No mesmo momento a gente começou a preparação para
atender as vítimas", diz Carlos.Por conta dessa onda de atentados, durante todo o dia muitos boatos se espalharam pela capital. Um dos casos, que deixou a população mais alarmada, foi um possível tiroteio que teria acontecido na Avenida Carlos Gomes, região central de Porto Velho, na manhã desta sexta. Segundo a Polícia Militar (PM), algumas pessoas ligaram para o 190 informando que havia um homem armado naquela localidade. Mas ao chegar ao local, tratava-se de um policial civil que estava em investigação.
A polícia pede cuidado com a propagação de informações aleatórias, principalmente nas redes sociais, para que boatos não coloquem em pânico a população. Qualquer dado importante deve ser repassado pelo telefone 197 com preservação de sigilo da fonte.
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