Empresário Fabinho Porcino (detalhe) foi sequestrado durante a tarde desta segunda-feira (10), de dentro de concessionária da família, na Avenida Lauro Monte
Uma quadrilha formada por cerca de seis a sete elementos sequestraram na tarde desta segunda-feira (10), por volta das 15h30, o empresário Fabinho Porcino, filho do também empresário Fábio Porcino. Fabinho estava no escritório da Concessionária Mitsubishi Motors, na Avenida Lauro Monte, quando foi feito refém e levado pelos criminosos.
De acordo com informações colhidas no local, a quadrilha utilizava coletes falsos iguais aos usados pela Polícia Federal e chegaram em dois veículos. Armados de fuzis, os sequestradores informaram que Fabinho estava sendo intimado pela justiça. Com uso da força, os criminosos renderam a vítima e levaram o mesmo em um dos veículos com destino ignorado.
Várias guarnições da Polícia Militar (PM) estiveram no local apurando as informações. O comando da PM em Mossoró ouviu de testemunhas as informações durante a ação criminosa. A polícia Civil também acompanha o caso. Familiares de Fabinho, abalados e em estado de choque, preferiram não falar com a imprensa.
Ainda de acordo com informações, durante a fuga, os criminosos jogaram o aparelho celular de Fabinho em uma estrada, evitando que a polícia pudesse rastreá-lo. Até o momento os sequestradores não entraram em contato com a família.
Câmeras de vigilância registram ação
O sistema de vigilância interna da concessionária registrou a ação dos criminosos. Os agentes da Polícia Civil assistiram as imagens, e confirmaram que o bando usou da força e violência durante a retirada de Fabinho do interior do escritório da loja.
Para a polícia, as imagens podem auxiliar durante as investigações, mas acha difícil, no momento conseguir a identificação dos envolvidos, haja vista que o bando entrou na loja utilizando-se de capuz e coletes semelhantes aos usados pela Polícia Federal.
Policias se unem para investigar o caso
As policias Civil, Militar e Federal estão unidas para acompanhar o caso do sequestro do empresário Fabinho Porcino. Uma equipe da Divisão Especial de Investigação e de Combate ao Crime Organizado (Deicor), liderada pela Delegada Sheyla Freitas, chegou a Mossoró ainda na noite da segunda-feira (10), para acompanhar de perto o caso.
A equipe da Deicor terá apoio das Polícias Federal e Militar. A delegada esteve reunida com os comandantes do II Batalhão de Polícia, Coronel Alvibá Gomes e do 12º BPM, Correia Lima, e com delegados da Polícia Civil, para traçar estratégias.
Por se tratar de um caso complexo, não foram informados detalhes acerca do trabalho que será realizado pelas policias, um fato, que segundo os comandantes, serve para não atrapalhar as investigações.
A delegada Sheyla Freitas, comandou a ação que resultou no estouro do cativeiro e libertação de Popó Porcino, há cerca de um ano, na praia de Pitangui, no município de Extremoz, litoral norte da capital.
O delegado da Polícia Federal informou que nenhum trabalho de mandado de busca e apreensão foi realizado na tarde da segunda-feira (10), e que a quadrilha utilizou de coletes falsos, durante a ação, para facilitar a entrada na concessionária.
Drama: Popó Porcino passou 37 dias em cativeiro
A família Porcino Costa, vivenciou um drama parecido há cerca de um ano. O jovem Porcino Segundo, primo de Fabinho Porcino, foi sequestrado no dia 17 de junho de 2012, no Parque de Vaquejadas Lorival Pereira, em Macaíba.
Popó ficou sob o poder de criminosos por 37 dias, onde foi libertado no dia 24 de julho de 2012, durante uma ação realizada pela Deicor da Polícia Civil na praia de Pitanqui, em Extremoz. Na época, a quadrilha que foi presa, pedia o resgate de R$ 2 milhões.
De acordo com a PM, o sequestro de Porcino Segundo entra para a história potiguar como o mais duradouro. Foram 37 dias de cativeiro. Antes, o mais longo já registrado havia ocorrido em dezembro de 2004. A vítima foi o empresário mossoroense Francisco de Assis Silva, então com 61 anos.
Assis da Usibras, como é mais conhecido, passou 36 dias em cativeiro, sendo libertado no dia 21 de janeiro de 2005. Os sequestradores exigiram um resgate de 1,5 milhão de dólares, o equivalente na época a 4 milhões de reais. O dinheiro não foi pago.
Ismael de Sousa
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