Gláucio Nogueira, repórter do GD
Rádio Comunitária Eldorado FM |
Além disso, Moura é acusado de participação na morte do ex-prefeito de Campo Grande (RN), Antônio Veras, crime ocorrido em 2010. Na ocasião, 2 policiais militares que faziam a segurança do político também foram executados em uma emboscada.
De acordo com investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, no final da década de 80, início da de 90, ele integrou a quadrilha chefiada por José Valdecário Benedito Carneiro, morto em 2003. Moura era conhecido da Polícia pelo apelido de “Nêgo Véio”.
Delegada da Divisão de Combate e Investigação ao Crime Organizado da Polícia Civil potiguar, Sheila Freitas ressalta que o modus operandi empregado nas ações em Mato Grosso lembram a forma de atuação da “Quadrilha dos Carneiros”.
“Eram criminosos bastante violentos, que faziam nas cidades do interior do Nordeste a mesma coisa que ocorreu em Vila Rica, uma invasão de homens fortemente armados, que enfileiravam a população na porta das agências e levavam muito dinheiro”.
O trabalho de repressão das forças de segurança reduziu a ação da quadrilha. Vários integrantes foram presos, entre eles Moura, que cumpriu pena no Piauí e no município de Imperatriz (MA), onde ficou até obter a progressão para o regime semiaberto.
Conforme a delegada, após deixar a unidade prisional, Moura teria se unido a outros criminosos paraenses, alguns que conheceu na cadeia, para praticar novos crimes, entre assaltos e execuções.
“A morte do ex-prefeito, por exemplo foi motivada por um crime de rixa entre famílias. Temos a convicção da participação dele nesta execução e estávamos procurando este criminoso”.
O Núcleo de Inteligência da Polícia Civil do Rio Grande do Norte mantém contato e colabora com as investigações da Polícia Civil de Mato Grosso, no sentido de conseguir identificar e capturar os demais integrantes da quadrilha.
Moura foi morto na manhã desta segunda-feira (16), durante cerco de policiais civis e militares ao bando que assaltou 3 bancos e os Correios de Vila Rica no último dia (9). De acordo com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), trabalhos de inteligência continuam e mais de 40 homens participam do cerco.
O outro morto é Rafael Alves de Carvalho, mais conhecido por “Arrupiado”. O nome do homem que foi preso, segundo a Polícia é Bruno da Silva Aguiar. Sua identidade ainda não foi checada, mas, também pode ser falsa. Todos portavam documentos falsos de Cuiabá.
Os policiais apreenderam armas, munições e R$ 15,6 mil, parte do dinheiro levado das agências.
*Gazeta Digital
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