quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pistoleiro pega 17 anos de prisão por ter matado comerciante por 2 mil reais


Fábio Vale/Da Redação
Foto Cesar Alves

 
 Na contramão da impunidade, mais um denunciado foi condenado dentro da Terceira Reunião do Tribunal do Júri Popular em Mossoró. Edson Linhares Rodrigues, de 24, anos, foi sentenciado à 17 anos e meio de prisão em regime fechado por participação na morte de Francisco de Assis da Silva, o Titico, ocorrido às 8h do dia 14 de janeiro de 2010, no bairro Leandro Bezerra, em Caraúbas.
Edson teria tido a companhia de Manoel Vieira da Silva, o Siel, para matar Titico, assim como também, meses antes, para matar Aldo Alves da Silva (irmão de Titico), tambémem Caraúbas. Por estes crimes, cada um teria recebido a quantia de R$ 2 mil.

Titico e Aldo teriam sido assassinados por Siel e Edson, segundo consta no processo, a mando de Preto de Benedito, que, a exemplo de Siel, também está foragido. Preto tem convicção de que Aldo e Titico teriam mando matar Benedito, seu pai.

Na época do crime, a polícia Civil conseguiu identificar e prender Edson e inclusive apreender os dois revólveres usados no crime. Na delegacia, Edson citou uma lista de nomes que seriam assassinados em Caraúbas e região além dos irmãos Titico e Aldo.

Marcados para morrer, segundo contou Edson: um membro da família Veras (Antonio Veras), comerciante Wilson Praxedes, Nem de Otacílio (Francisco de Lima), o Tenente PM Brilhante, entre outros. Destes, Praxedes escapou de um atentado violento em sua casa. Nem e Antônio Veras foram executados.

O tenente PM Brilhante, que hoje é comandante da PM em Apodi, disse que providências foram adotadas em prol de sua segurança.

Na prisão, a polícia interceptou ligações de Edson para sua namorada e mãe marcando outras pessoas para morrer, entre elas o policial militar Tyronne Ferreira Dias e a juíza Ilná Feijão, e revelou com a própria voz que não ia "comer a cadeia" sozinho. Siel iria ser punido também.

No Tribunal do Júri Popular sob a presidência do juiz Henrique Baltazar Vilar do Santos, Edson Linhares negou participação no crime. Entretanto, o promotor de justiça Hermínio Sousa Perez Junior mostrou provas no processo que não deixaram dúvidas quanto a participação direta do réu no homicídio.

O promotor de Justiça pediu a condenação do réu por homicidio qualificado. Ele disse que o réu mostrou entrosamento nas escutas telefônicas autorizadas pela Justiça que faz parte de uma numerosa quadrilha de matadores e assaltantes.
Edson Linhares teve sua tese de defesa (negando o crime) em plenário exposta pelo defensor público José Alberto Silva Calazaens, da Comarca de Parnamirim.

Após os debates, o presidente do TJP, juiz Henrique Baltazar Villar dos Santos, convocou o Conselho de Sentença a Sala Secreta, onde foi votado pela condenação do réu por homicidio qualificado a 15 anos de prisão e a dois anos e meio por posse de armas de fogo.

Confira Sentença na ÍNTEGRA.

Sobre a morte de Aldo Alves da Silva e possíveis outros crimes do réu, o juiz presidente do TJP, Henrique Baltazar explicou que estes certamente são processos a parte devendo ir a julgamento conforme previsto em Lei.

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