A
equipe de policiais civis da Delegacia Especializada em Homicídios
deflagrou na manhã dessa quarta-feira (26/02) uma Operação batizada de
“Curare”, que teve como objetivo cumprir cinco mandados de busca e
apreensão e um mandado de prisão temporário expedidos pela 3ª Vara
Criminal de Natal. A ação resultou na prisão de Rosinera Bezerra da
Silva, de 37 anos, acusada de matar o marido, o taxista Ivanildo do
Carmo Silva, de 39 anos, por envenenamento.
A
acusada foi presa no início da manhã no município de Serra de São
Bento-RN. Já os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Zona
Norte de Natal, ocasião em que foi presa em flagrante a irmã de Rosinera
identificada como Rosineide Pereira dos Santos, que estava de posse de
uma espingarda de fabricação caseira, sendo autuada por posse irregular
de arma de fogo. Na operação, a Polícia Civil apreendeu ainda algumas
substâncias químicas na casa de familiares de Rosinera, que passarão por
perícia.
A
vítima morreu no dia 20 de julho de 2010 depois de ser internada em um
hospital. Na época, os médicos não conseguiram descobrir a causa do
falecimento e atestaram morte natural. No entanto, a família do taxista
desconfiou do laudo, já que a vítima não aparentava problemas de saúde e
era jovem, então resolveram buscar a polícia. A partir disso, o caso
foi designado para a Dehom, que pediu a exumação do corpo. “Nessa
exumação foi identificada uma substância química geralmente usada em
agrotóxicos e também usada para envenenamento de ratos, o chamado
‘chumbinho’, foi quando partimos a nossa linha de investigação para um
homicídio”, explicou a delegada titular da DEHOM, Karla Viviane, que
preside as investigações do caso desde 2012.
Para
a delegada, Karla Viviane, o crime pode ter sido motivado porque a
mulher queria ficar com o patrimônio do marido. “Ele possuía dois
imóveis e três bandeiras de táxi em São Gonçalo do Amarante então
desconfiamos que a motivação tenha sido patrimonial”, completou. O casal
tem dois filhos pequenos, mas existe uma disputa judicial pela divisão
dos bens do taxista, pois ele tem outra filha de um casamento anterior. A
mulher nega as acusações.
A
titular da Dehom acredita ainda que o envenenamento foi feito colocando
as substâncias aos poucos na comida dele, pois o acusado já havia sido
internado no hospital com sintomas diferentes outras vezes até vir a
óbito, o que chamou atenção dos investigadores da Especializada. Além
disso, a família de Rosinera é formada por agricultores, o que facilita o
acesso a substâncias tóxicas. Um dos táxis da vítima que estavam em
poder da esposa foi apreendido no final do ano passado, por estar
transportando drogas. Rosinera deve responder por homicídio qualificado
por emprego de veneno.
O nome Curare foi escolhido pela Polícia Civil por ser comum a vários compostos orgânicos venenosos conhecidos como venenos de flecha, extraídos de plantas da América do Sul.
Fonte ASSESSORIA DE IMPRENSA DEGEPOL
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