Apesar de leis, ex-presos enfrentam resistência no mercado de trabalho e
são cada vez mais excluídos da sociedade.
Em Apodi a direção do Centro de Detenção Provisória (CDP), esta com um
projeto de ressocialização e sempre tem buscado parcerias com empresas que
atuam no município e assim garantido o espaço para vários apenados que cumpre pena
no regime semiaberto como é o caso das Empresas Cristalina do Oeste e
Cristalina do Apodi, respectivamente.
Em meados dessa semana, a direção do CDP encaminhou um oficio para a EIT
- Empresa Industrial Técnica S/A, onde solicitava oportunidade de trabalho para
cerca de 10 reeducando no canteiro de obras da empresa. “Ao tentar protocolar o
oficio junto ao escritório da empresa em Apodi, o nosso agente não obteve
sucesso, haja vista na E/T não receberem o oficio”, comentou o diretor Marcio
Morais, que ver isso como uma deselegância, absurdo, descriminação e exclusão social.
Em varias cidades do Brasil, os governos estaduais e prefeituras
aprovaram leis que obrigam ou estimulam empresas contratadas pelo poder público
a ter uma cota de 2% a 10% de ex-presos entre os funcionários, segundo o
Conselho Nacional de Justiça, mas em Apodi a EIT - Empresa Industrial Técnica
S/A (E/T), parece que não ver esses projetos com bons olhos.
A EIT - Empresa Industrial Técnica S/A (E/T), esta com um canteiro de
obras no município, sendo executora das obras do Projeto de Irrigação que
levara água da Barragem de Santa Cruz para a Chapada do Apodi, os recursos são do
Governo Federal via Ministério da Integração Nacional, Departamento Nacional de
Obras Contra as Secas – DENOCS, via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Se a obra é bancada com recursos do Governo Federal porque não dar
oportunidade de emprego aos nossos apenados”, alfineta Marcio Morais
A criação de meios pelo Estado
para reinserir ex-detentos no mercado é prevista desde 1984, quando foi criada
a Lei de
Execução Penal, mas normas que determinam ou incentivam a contratação de ex-presos são
recentes.
Ainda de acordo com Márcio Morais, o fato será comunicado ao Ministério
Público Estadual e Federal, Direitos Humanos, Conselho Nacional de Justiça,
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério da Integração Nacional e ao Departamento
Nacional de Obras Contra as Secas – DENOCS para tomarem alguma providencia no
sentido de combater essa falta de apoio ao nosso projeto de ressocialização.
“Lembrando que quase 100% dos
nossos apenados são oriundos de famílias pobres e precisam de oportunidades
para se reintegrar na comunidade”, finalizou Morais.
O CDP de Apodi conta com cerca de 50 presos que cumprem penas nos
regimes fechado e semiaberto. São apenado de varias cidades da região,
principalmente de Apodi, Felipe Guerra, Itaú, Rodolfo Fernandes, Severiano
Melo.
O trabalho realizado no CDP Apodi tem contado com o respaldo do Ministério
Público Estadual via promotor, Silvio Brito, judiciário, juíza Kátia Guedes,
delegado, Renato Oliveira e instituições como Câmara de Dirigentes Lojistas
(CDL), Igrejas Evangélica e Católica, dentre varias outras instituições.
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