O número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no Rio Grande do
Norte cresceu 304% nos últimos 17 anos. A informação consta no
relatório estatístico divulgado pelo governo do Estado nesta
segunda-feira (12).
Segundo o relatório, em 1996 o número de vítimas de crimes violentos
letais intencionais foi 237; em 2012 esse número saltou para 959.
Contudo, o número de habitantes no Estado não aumentou na mesma
proporção. Em 1996, de acordo com o IBGE, o Rio Grande do Norte tinha
2,5 milhões de habitantes; em 2012 o número passou para 3,2 milhões, um
aumento de 26%.
Ainda de acordo com o documento divulgado pelo governo do estado, 68%
homicídios têm relação com o tráfico de drogas, 10% está relacionada a
disputas de gangues ou vingança, 6% é resultado de discussão entre
vizinhos, 5% acidental, 3% trata-se de crimes passionais, 2% de
latrocínio (roubo seguido de morte), e 2% de confrontos com a polícia.
O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, Aldair da
Rocha, reconheceu que os números são preocupantes e afirmou que é
preciso investir em prevenção para reverter esse quadro. “Os números são
graves, estamos com índices de uma grande metrópole, e é preciso
investir em prevenção, em escolas de qualidade, em atividades de lazer e
qualificação para os nossos jovens, para tentar reverter esse quadro.
Precisamos de uma política de proteção aos jovens, porque é entre os 8 e
17 anos que eles estão mais vulneráveis, por isso é preciso ocupar
esses jovens com atividades educativas, de qualidade, que não os deixem
desviar para a vida do crime”, disse o secretário.
Além disso, Aldair da Rocha ressaltou que é preciso investir em
investigação e inteligência, ter metas para cobrar resultados, e ter
áreas integradas em todo o estado para garantir a segurança da
população. “Em Pernambuco já existem as áreas integradas. Isso significa
dizer que o estado é dividido em várias áreas e cada uma delas tem um
comandante da PM e um delegado de Polícia Civil para responder pela
região. Eles trabalham integrados, com metas a serem cumpridas, e são
cobrados pelos resultados”, afirmou.
G1/RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário