Numa ação desastrada, a direção do Presídio Rogério Coutinho Madruga, anexo ao Poresídio de Alcaçuz, colocou em liberdade sexta-feira da semana passada um dos homens mais temidos do Oeste do Rio Grande do Norte: Bartogaleno Alves Saldanha, de 24 anos, natural do município de Janduís, condenado por crimes de pistolagens. Bartô é acusado de matar pelo menos 5 pessoas, sendo que em dois destes processos, ele é condenado há mais de 34 anos, 2 meses e 18 dias de prisão. Devido ao grau de periculosidade, Bartô estava sendo julgado de seus crimes em Mossoró e não na Comarca de Janduís.
Nos primeiros dois julgamentos, Bartô pegou em um 20 anos e 8 meses de prisão e no outro foi condenado a 13 anos, 3 meses e 18 dias de prisão. No terceiro julgamento, realizado semana passada, Bartô foi acusado de mandar matar um cidadão em Janduís e terminou absolvido. Neste caso específico, o promotor Armando Lúcio Ribeiro pediu a absolvição de Bartô justificando que o réu não é homem de mandar matar e ficar devendo um favor deste a outra pessoa. “Ele mesmo é capaz de fazer sem nenhum problema”, destaca o promotor de Justiça.
Com a absolvição, o juiz que presidiu o Tribunal do Júri Popular Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros emitiu o Alvará de Soltura somente para o referido processo. Entretanto, com este documento a direção do Presídio Rogério Coutinho Madruga decidiu por coloca-lo em liberdade.
Ao juiz da Vara de Execuções Penais de Nízia Flores, Henrique Baltazar Villar dos Santos, ficou sabendo da notícia nesta segunda-feira, 11, através da reportagem do De Fato.com, e entrou em contato com a direção do presídio para saber o que teria acontecido. Henrique Baltazar disse que a direção do presídio (diretor está afastado por suspeita de corrupção e o cargo está sendo ocupado pelo vice-diretor, conhecido por Marcos) explicou que consultou a Polinter e constatou que não havia mandato de prisão em aberto contra Bartô e o soltou.
“Ele deveria ter consultado na Vara de Execuções Penais de Nízia Floresta e não a Polinter. É claro que não ia ter mandato de prisão se o sujeito estava preso e respondendo pelos crimes que cometeu”, diz o juiz Henrique Baltazar Villar dos Santos, lembrando que isto é um conhecimento básico para quem assume a direção de um presídio.
O juiz Henrique Baltazar disse que vai informar o caso ao Ministério Público Estadual para que seja apurado e os responsáveis sejam devidamente punidos, considerando o tamanho do estrago causado com a liberdade do preso conhecido por Bartô, tanto para a sociedade, como para o Poder Judiciário. “Pedimos ajuda também a policia da região oeste para tentar recaptura-lo e devolvê-lo ao sistema penitenciário.
O De Fato.com tentou um contato com o vice-diretor do Presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido por Marcos, no início da tarde desta segunda-feira, 11, porém o contato não foi concretizado. A direção do Presídio Rogério Coutinho não tem ligação com a direção de Alcaçuz. Jornal De Fato
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