BPChoque alerta para a existência de armas dentro do maior presídio do RNRelatório foi elaborado pelo BPChoque após intervenção em Alcaçuz.Documento também diz que pode haver fugas a qualquer momento.
Anderson BarbosaDo G1 RN
Policiais do BPChoque realizaram vistorias na Penitenciária Estadual de Alcaçuz (Foto: Henrique Dovalle/G1)
Armas de fogo podem estar em poder de detentos da Penitenciária de Alcaçuz, maior unidade prisional do Rio Grande do Norte. É o que diz um relatório elaborado pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar ao fim de uma intervenção na unidade. O G1 teve acesso ao documento. Ele é datado de 12 de maio, logo após o governo decretar estado de calamidade no sistema prisional potiguar. Das 33 unidades prisionais do estado, em pelo menos 14 delas houve vandalismo e depredação em meio aos motins que ocorreram em março deste ano.
O relatório foi entregue à Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) durante uma das reuniões do Conselho de Gestão Integrada. “Comunicamos a vossa senhoria que informes da inteligência do sistema prisional sinalizam a existência de armas de fogo na posse de apenados da Penitenciária Estadual de Alcaçuz”, descreveu o major Cícero Francisco Cardoso, comandante do BPChoque. Ao final da apresentação, uma cópia do relatório foi destinadas à Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejuc).
Em resposta às considerações feitas pelo BPChoque, a Sesed informou que a produção do relatório tem como única finalidade subsidiar ações relativas à segurança do sistema prisional e que, por motivo de segurança pública, “não irá comentar o seu conteúdo”. Já a Sejuc, informou que vistorias são feitas semanalmente em Alcaçuz, e que a reforma e adequação da penitenciária continuam em curso para o restabelecimento da rotina. "A equipe do Governo do Estado do Rio Grande do Norte está toda em alerta, inclusive com o apoio da Força Nacional de Segurança", afirma.
Além do alerta para a iminência de os presos de Alcaçuz estarem armados, o relatório faz outras 11 advertências quanto às condições de segurança na unidade, dentre elas a constatação de que mais de 900 apenados permanecem soltos dentro de seus respectivos pavilhões, que sem a vigilância dos agentes só aumenta a velocidade e agilidade dos presos na escavação de túneis e a possibilidade de ocorrerem fugas a qualquer momento. Por fim, ainda foi feito um pedido para que seja feita a retirada de areia que foi colocada pelos presos na laje do teto do Pavilhão 2. “O que pode vir a ocasionar comprometimento das fundações”, reforça o comandante.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
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