quinta-feira, 18 de junho de 2015


Comitiva de senadores brasileiros chega à Venezuela e é apedrejada, sitiada e cercada em protesto





Senadores brasileiros que estão em Caracas, capital da Venezuela, para visitar presos s líderes políticos mantidos presos pelo governo Nicolás Maduro, nesta quinta-feira (18/06), usaram as redes sociais para reclamar de problemas e agressões que sofreram desde que desembarcaram no país. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) está entre os parlamentares, assim como Aécio Neves (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado, líder do Democratas-GO no Senado Federal.
Pelo Twitter, Caiado disse que “o Congresso Nacional está sendo duramente atacado e agredido na Venezuela”. Ainda conforme as postagens do parlamentar, o ônibus da comitiva brasileira foi apedrejado .
"Desembarcamos. Um ônibus nos recepcionou na pista. Não deixaram que passássemos pelo terminal. Colocaram 8 batedores nos acompanhando. Não conseguimos sair do aeroporto. Sitiaram o nosso ônibus, bateram, tentaram quebrá-lo. Estou tentando contato com o presidente Renan. Filmei o apedrejamento que fizeram contra nosso ônibus, mas o sinal de internet é ruim. O embaixador do Brasil na Venezuela nos recebeu no aeroporto e foi embora. Agora estamos sendo agredidos e não tem representante do governo”, escreveu Caiado em uma série de postagens no Twitter.
O senador Aloysio Nunes (PSDB) também reclamou da situação no Facebook. "Ficamos por quase meia hora tentando sair das cercanias do aeroporto, mas fomos impedidos. Ouvimos duas justificativas esfarrapadas. A primeira foi a de que o impedimento se deu por causa do transporte de um prisioneiro vindo da Colômbia. A segunda foi um acidente. Por essa razão, decidimos voltar ao aeroporto e esperar que se resolva esse imbróglio", postou.
Aécio Neves (PSDB) disse no Twitter que pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que seja feita alguma manifestação após o problema. “Ele fará um protesto formal sobre as agressões que sofremos e cobrará uma posição da presidente”, postou Aécio.
O Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), classificou como gravíssimas as agressões sofridas em Caracas e disse que exige manifestação de repúdio imediata e contundente por parte do Itamaraty.
De acordo com Sampaio, o veículo dos senadores foi cercado por apoiadores do regime Maduro; os parlamentares brasileiros também foram impedidos de visitar Leopoldo Lopez, preso há mais de um ano e em greve de fome há 24 dias.
“A agressão aos parlamentares brasileiros é uma agressão ao Brasil e aos princípios que ensejaram a visita dos senadores a Caracas – de solidariedade, de defesa da democracia e do Estado de Direito. Tão grave quanto essas agressões seria a omissão do governo brasileiro nessa questão, sob pena de ser cúmplice desse gravíssimo ato de desrespeito aos representantes brasileiros e conivente com os atentados que lá se cometem contra a liberdade de expressão e os direitos humanos. O mínimo que se espera é uma manifestação de repúdio por parte do Itamaraty”, afirmou Sampaio.
Fonte: Portal Correio

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