Há
um limite entre o suprimento necessário da informação dos noticiários e
a exploração extrema dos casos de violência na mídia, principalmente na
televisiva. Mas esse limite carece de bom senso para ser percebido,
tanto por parte dos telespectadores quanto dos produtores dos
telejornais. Todos ignoram esse limite. Não basta a cobertura do fato em
si; existem os desdobramentos, os dramas decorrentes, as palavras dos
especialistas, as questões políticas e eleitoriais, tudo isso se
converte em pautas nas redações de programas e telejornais que rendem
pontos valiosos na audência. Na lógica das emissoras, é preciso exaurir
ao máximo os subprodutos do fato jornalístico, custe o que custar. E já
que os telespectadores se calam... que se dane a ética. E o ciclo
vicioso continua: a tevê mostra o que o povo gosta de ver ou o povo
aprende a gostar de ver o que a tevê mostra.
Fonte: http://www.ivancabral.com
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