Cezar Alves/Da Redação - http://www.defato.com
A interdição do presídio e da cadeia pública de Mossoró gerou uma série
de problemas. O principal deles é onde colocar presos autuados em
flagrante. Neste sentido, existem casos que o delegado lavrou a prisão
em flagrante e, em seguida, pediu ao juiz para solta-lo. A informação é
do delegado Denis Carvalho da Ponte, da Delegacia Regional de Mossoró.
A interdição foi decretada pelo juiz Vagnos Kelly quarta-feira da
semana passada. O delegado Regional de Mossoró, Denis Carvalho, foi
notificado da decisão na quinta-feira. No mesmo dia, Denis Carvalho
disse que foi ao juiz perguntar onde custodiar os presos em flagrante e o
juiz disse que esta era uma responsabilidade da Coordenação do Sistema
Prisional Estadual.
Em seguida, o delegado regional procurou o Ministério Público Estadual.
O promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro emitiu uma recomendação
para ele arbitrasse finança para os crimes afiançáveis e nos demais que
os casos fossem comunicados a Justiça imediatamente e, uma terceira
recomendação, é o próprio delegado pedir a justiça para soltar quem ele o
prendeu.
Ao todo, foram 13 flagrantes lavrados neste final de semana. Alguns se
encaixaram na recomendação do Ministério Público. É o caso do
comerciante Tarcísio Nogueira da Costa, de 64 anos, que foi preso em
flagrante por formação de quadrilha, furto e corrupção de menores.
Cícero Nogueira foi flagrado botando crianças para roubar lacres e
tarjetas de veículos. Ele pagava ao menor R$ 5,00 por cada lacre roubado
e vendia por R$ 20,00 em seu comércio, que fica ao lado Detran que
funciona Central do Cidadão em Mossoró. “Apresentamos o caso ao juiz e
solicitamos a liberdade do preso”, disse Denis Carvalho.
Os delegados de plantão no final de semana também lavraram flagrantes
que não cabem fiança. Uma mulher de areia Branca foi presa em flagrante
por tráfico de drogas e enviada para sua cidade de origem após. Outra
foi presa por assalto à mão armada, formação de quadrilha e outros
crimes, foi enviada para a cidade de Parnamirim, perto de onde mora.
Solução paliativa: O delegado Denis Carvalho da Ponte
sugere transferir alguns presos para a Cadeia Pública de Caraúbas e a
segunda reabir a antiga DEFUR, em Mossoró, para funcionar como centro
provisório de detenção masculino enquanto o problema do presídio e da
cadeia pública seja resolvido.
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