O delegado Pedro Paulo Falcão, que estava na delegacia de plantão
zona Sul na última sexta-feira (26), diz que liberou os suspeitos de
assaltar a casa e espancar a esposa de soldado da PM por não haver
quaisquer condições de flagrante contra eles. “Agi de acordo com a lei”,
assevera. Ele alega que é papel do delegado distrital pedir pela prisão
preventiva do trio.
Na tarde da última sexta, dois jovens e um adolescente de 17 anos
foram presos pela Polícia Militar em Felipe Camarão como suspeitos de
terem assaltado a casa do soldado PM José Martins, no bairro Planalto,
na última terça (23) e espancado a mulher desse. Eles foram levados à
delegacia de plantão da zona sul com parte do material roubado. Os três
jovens foram reconhecidos pela esposa do policial militar como autores
do crime.
Pedro Paulo Falcão afirma que não havia condição de flagrante pelo assalto.
“O crime tinha ocorrido dias antes e não cabia mais flagrante. O
material apreendido e reconhecido como tendo sido roubado da casa do
policial não foi encontrado com os acusados, mas em uma casa onde não
havia qualquer suspeito. Eu não podia autuar os assaltantes por
receptação, pois quem rouba não é o receptador. Mesmo o adolescente que
foi encontrado com uma arma eu tive de entrega-lo aos pais, como manda a
lei”, justifica-se.
O delegado diz que interrogou os três suspeitos e ainda ouviu o testemunho de Núbia Melo, esposa do policial,
sobre a tortura que sofrera nas mãos dos criminosos na noite daquela
terça. “Fiquei muito triste em ter ouvido o relato da crueldade dos
bandidos. Eles fizeram coisas gravíssimas, mas tive de liberá-los. Eu
trabalho correto e agi conforme manda a lei”, comenta Pedro Paulo.
Ele ressalta que todo o material encontrado como os depoimentos
dos acusados e vítima foram encaminhados para a 14ª delegacia de Polícia
em Felipe Camarão, onde os jovens foram detidos. “O delegado de lá é
quem deverá pedir pela prisão preventiva dos acusados”.
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