O comandante geral da PM-RN, coronel Francisco Araújo, disse ontem que
há necessidade de ações conjuntas das forças que integram a segurança
pública no Rio Grande do Norte para o combate ao crime.
Coronel Araújo não descarta que os assassinos tenham cometido os
crimes, registrados nos últimos dias, também por saberem da extinção da
força-tarefa — integrava divisões especializadas das polícias Civil e
Militar, criada através de portaria da Sesed para a investigação de
crimes de execução. A extinção ocorreu a partir de decisão do
desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN),
Vivaldo Otávio Pinheiro, que atendeu ao pleito de ação impetrada pelo
Sindicato dos Policiais Civis do RN.
Para o comandante da PM-RN, o combate a esses crimes precisa dessa integração.
“Estamos precisando de uma repressão e investigação qualificadas. Que todos os órgãos estejam juntos — Polícia Civil, Militar Federal, o próprio Ministério Público e a Justiça”, afirmou o coronel Araújo.
E reiterou a necessidade da força-tarefa:
“Existe a integração, mas existem também pessoas que não concordam que esses grupos trabalhem juntos. Foi só a força-tarefa ser desativada que aconteceram esses 12 homicídios”.
Apesar de suspender a força-tarefa, o Estado recorreu da
decisão do TJ. O secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa
Social do Rio Grande do Norte, Aldair da Rocha, reconheceu a evolução do
número de homicídios no Estado e disse que medidas já vêm sendo
adotadas para reverter o quadro desde o ano passado. As primeiras
medidas, prevista já para hoje é uma reunião com as polícias Militar e
Civil para delimitar ações. “Com a PM vamos investir mais na parte
ostensiva e a Civil, nas investigações”, disse ele.
O secretário disse que outra reunião deve ocorrer no período da
tarde em Macaíba, com a participação do Ministério Público e Poder
Judiciário. “Macaíba é a região mais afetada pelos crimes. Precisamos
planejar algo a bem curto prazo para minimizar esse problema. Este ano,
já foram 33 homicídios no município.
O apoio do governo federal no trabalho de combate ao aumento da violência
no Estado é, para o secretário, fundamental. Ele anunciou a vinda da
secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e de técnicos do
Ministério da Justiça para a implantação do programa federal Brasil Mais
Seguro, no RN.
“Estaremos debatendo assuntos de toda a área da segurança pública, envolvendo o sistema penitenciário, trabalhando na integração de politicas preventivas e de prevenção qualificada. O apoio deles é também muito importante na estruturação da divisão de homicídios”, destacou.
Aldair da Rocha não descarta a possibilidade da participação da Força Nacional vir para o Estado ajudar na estruturação da Divisão de Homicídios.
TRIBUNA DO NORTE
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