Por Agência Câmara
Bombeiros,
policiais civis e militares fizeram manifestação na última semana na
Câmara para pressionar pela aprovação do segundo turno da chamada PEC
300.
O evento, no auditório Nereu Ramos, contou com a presença dos
principais líderes do movimento em favor da proposta, que cria o piso
nacional das três categorias.
A PEC 300/08 foi aprovada em primeiro turno em 2010 e, desde então, aguarda a conclusão da análise dos deputados.
No encontro, lideranças das categorias reclamaram que na época da
campanha eleitoral os candidatos prometeram a aprovação da proposta, até
mesmo o vice-presidente e a própria presidente.
Principais reinvindicações
A criação de uma polícia estadual única e de um plano nacional para
as categorias estão entre as principais reinvindicações da PEC. Além
disso, os oficiais pedem um fundo nacional de segurança pública, com
financiamento de municípios, estados e do governo federal. O principal
entrave para a aprovação da proposta é a obrigação que caberá à União de
contribuir com os salários dos policiais.
O deputado Mendonça Prado (DEM-SE) acredita que é possível aprovar a
PEC 300 ainda neste ano, por conta do compromisso firmado pela
presidência da Câmara. Confiante, o parlamentar lembrou a aprovação no
Senado de proposta semelhante, de autoria de Renan Calheiros. “O
presidente do Senado é autor da proposta 446. Na Câmara dos Deputados, o
presidente Henrique Eduardo Alves, quando era líder, assinou o
requerimento para incluir na pauta. Ele defendeu a PEC 300 e eu tenho
certeza que ele será o principal cabo eleitoral da PEC 300, sob pena de
ficar em uma situação ruim em termos de imagem, de homem público e de
palavra”.
Segurança dos oficiais
Para os policiais militares, a questão não é apenas salarial, mas
também de segurança dos oficiais. Na PEC 300, um dispositivo prevê
criação de lei complementar para aplicação de penas mais duras para os
crimes contra trabalhadores da segurança pública.
Segundo o policial militar Edgar Menezes, que representa a Associação
dos Militares do Estado de Sergipe, a aprovação em segundo turno demora
porque a proposta envolve muitos interesses. “Os governadores dos
estados são contra a PEC 300 porque acham que vão arcar com a conta
desse possível reajuste, desse possível piso salarial, mas não é bem
assim. Existe um projeto para que a União complemente os salários. São
três anos, provavelmente vamos levar 2013 todinho nessa mesma luta”,
completou.
Na agenda dos manifestantes, além da PEC 300, foram discutidos temas
como a votação em trânsito, já que os policiais são deslocados para
outros municípios; e da reserva nas corporações, quando o oficial é
obrigado a se aposentar para assumir mandato político.
Outra reinvindicação é a anistia aos oficiais que perderam os cargos,
como os bombeiros demitidos ano passado por articularem movimento
grevista no Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário