segunda-feira, 17 de novembro de 2014

No Acre, motoristas abastecem R$ 0,50 e exigem nota fiscal em protesto
Manifestantes disseram que postos se recusaram a entregar notas fiscais.
Motoristas fizeram boletim de ocorrência na Delegacia de Flagrantes.

Do G1 AC
Indignados com o aumento, que consideram abusivo, da gasolina no Acre, manifestantes percorreram nexta-feira (15) seis postos de gasolina em
 Rio Branco e pediram para abastecer apenas R$ 0,50. Os condutores, que exigiam notas fiscais, disseram que receberam apenas cupons ficais e fizeram um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Flagrantes (Defla) da capital. Ao menos 400 veículos, entre motos e carros, participaram do ato, que foi pacífico.Condutores abasteceram apenas R$ 0,5 (Foto: Marcio Medina / Arquivo Pessoal)Condutores abasteceram apenas R$ 0,50 (Foto: Marcio Medina/Arquivo Pessoal)De acordo com o estudante de direito Márcio Medina, responsável pelo protesto, muitos postos acabaram fechando para não atender os motoristas. Ele reclama que os gerentes não ofereciam notas fiscais.
  • "Alguns gerentes disseram que só podem dar a nota fiscal durante o dia, o consumidor é quem sai lesado. Eles nunca dão a nota, sempre tem alguma desculpa. O consumidor leigo sempre aceita, mas é obrigação do estabelecimento dar a nota fiscal", reclama.
Ele explica que o objetivo do protesto foi questionar o aumento da gasolina. "O aumento foi decretado e a nível nacional gerou um aumento de seis centavos, mas aqui no Acre chegou a aumentar 25 centavos", diz
O vice-presidente do Sindicato das Revendas de Combustíveis do Acre, José Magid, defende a categoria e afirma que o aumento não foi abusivo. "Nós aumentamos por percentual, que foi de 3% na gasolina e 5% no diesel. Isso varia em cada posto, o percentual é de acordo com o preço que estava antes no posto", explica.Motoristas exigem notas fiscais durante protesto na capital (Foto: Marcio Medina / Arquivo Pessoal)Motoristas exigem notas fiscais durante protesto nacapital (Foto: Marcio Medina/Arquivo Pessoal)

Ele lembra que os postos não interferem no valor do combustível, apenas repassam o aumento que foi determinado nacionalmente. "É uma cadeia, aumenta lá em cima, aumenta aqui. Somos uma empresa como outra qualquer, estamos apenas repassando. Nós compramos a gasolina mais cara, então, vendemos mais caro", diz.
Magid esclarece ainda que os manifestantes que receberam cupons fiscais podem ir aos postos pedir a nota fiscal. "Não era possível fazer no momento da manifestação, porque é necessário um cadastro e um trâmite mais burocrático, mas é só levar o cupom ao estabelecimento e solicitar que será entregue a nota fiscal, independente do valor da comprar", garante.

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