quarta-feira, 19 de novembro de 2014


PMs acusados de matar jovem que furou barreira no RN são absolvidos

Júri popular aconteceu nesta terça-feira (18) no fórum de Parnamirim.Jurados entenderam que disparo não teve a intenção de matar.
Do G1 RNDiego levou tiro de fuzil nas costas em Parnamirim, na Grande Natal (Foto: Arquivo pessoal/Diego Coelho)Diego levou tiro de fuzil nas costas em Parnamirim,na Grande Natal (Foto: Arquivo pessoal)Os policiais militares João Maria Alves, Weliington Vanderley de Carvalho e Fernando Felipe, réus no caso da morte do estudante universitário Diego Coelho de Oliveira, de 21 anos, baleado com um tiro de fuzil nas costas em 21 de outubro de 2008 no distrito de Pium, foram absolvidos em júri popular realizado nesta terça-feira (18) no fórum da Comarca de Parnamirim, na Grande Natal.
Os policiais foram inocentados por maioria absoluta do júri. Ao G1, a advogada Kátia Nunes, que fez a defesa dos PMs, disse estar feliz com o resultado do julgamento. "Estou satisfeita, pois foi feita justiça. O júri entendeu que os policiais não tiveram, em momento algum, a intenção de matar. E o resultado do júri mostrou isso", disse.
Os PMs também foram absolvidos da denúncia de lesão corporal do outra rapaz baleado durante a ação, que sobreviveu. No dia do crime, o estudante estava em uma motocicleta com esse amigo quando foi atingido. Outros dois colegas do jovem, que estavam em outra moto, também foram abordados pelos policiais, mas acabaram liberados. Diego teria furado esse bloqueio. Nesse momento, os policiais efetuaram um disparo que, segundo a defesa, foi de advertência.
"Era um dia em que muitos assaltos estavam acontecendo na região. Os policiais sinalizaram para que os rapazes parassem e como eles furaram o bloqueio, foi dado um tiro de advertência para o chão", explicou a advogada. Esse tiro teria ricocheteado no chão e atingido Diego, que pilotava a moto.
Ainda segundo a advogada, o depoimento de uma testemunha de acusação foi determinante para o resultado do julgamento. "Essa testemunha viu a abordagem e seu depoimento deixou claro que não houve intenção de matar o rapaz nem ferir o outro. A sociedade entendeu, com base nas provas contidas no processo, que eles não poderiam ser condenados", completou Kátia.
A decisão ainda cabe recurso.

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