sexta-feira, 5 de dezembro de 2014


Obesidade pode reduzir esperança de vida em oito anos, aponta estudo



O estudo foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa do Centro de Saúde da Universidade McGill de Montreal, no Canadá




A obesidade pode reduzir em até oito anos a esperança de vida das pessoas e em 19 o número de anos sem doenças, aponta estudo publicado hoje (5) na revista médica The Lancet.
Pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Centro de Saúde da Universidad McGill de Montreal, no Canadá, dirigido por Steven Glover, elaboraram um modelo informático da incidência de doenças segundo o peso, com dados retirados de um estudo sobre alimentação e saúde, feito nos Estados Unidos.
Os cientistas calcularam o risco de contrair diabetes e doenças cardiovasculares para adultos com pesos diferentes, analisando depois o efeito do sobrepeso e da obesidade nos anos de vida perdidos e nos anos com saúde perdidos nos adultos norte-americanos, com idades entre 20 e 79 anos, comparados com pessoas com peso normal.

A investigação revelou que as pessoas com peso a mais, correspondente a um índice de massa corporal (IMC) de 26, perdiam até três anos de expectativa de vida, conforme a idade e o sexo.
As pessoas obesas (IMC de 30) perdiam entre um a seis anos, enquanto as muito obesas (IMC de 35) tinham as suas vidas reduzidas entre um e oito anos, comparado com pessoas com um IMC ajustado à sua altura e dimensões.

Considera-se que um IMC abaixo de 18,5 indica desnutrição ou algum problema de saúde, enquanto um acima de 25 revela sobrepeso. Acima de 30 há obesidade leve e de 40, obesidade pesada.
“O nosso modelo informático prova que a obesidade está associada a um risco mais alto de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes que, em média, vão reduzir drasticamente a esperança de vida das pessoas e os seus anos de vida saudável”, disse Glover.
Segundo o estudo, o efeito do sobrepeso na perda dos anos de vida é maior entre os jovens com idades entre 20 e 29 anos, tendo chegado a 19 anos em dois casos de obesidade extrema, diminuindo com a idade
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